quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ela é 10!



Marta Vieira da Silva nasceu em 19 de fevereiro de 1986, na cidade de Dois Riachos (AL). Para muitos, ela é conhecida como "pelé de saia", para outros "rainha Marta". O apelido pouco imoporta. O que ela representa para a nação brasileira é o que realmente conta. Canhota, Marta foi considerada em 2009, pela revista Época, uma das 100 brasileiras mais influentes.


Jogando pela Seleção Brasileira, ela conquistou a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003, e medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas em 2004. Ainda recentemente, conquistou o bicampeonato do torneio de futebol dos jogos Pan-Americanos de 2007, liderando a artilharia da competição com 12 gols.


Depois da sua grande exibição nos Jogos Pan-Americanos de 2007, a jogadora foi comparada ao grande jogador Pelé, sendo chamada por ele mesmo de "Pelé de saias". Marta declarou que ficou muito emocionado ao saber que o melhor de todos os tempos acompanhou os jogos da seleção feminina, que infelizmente ainda é pouco divulgada e valorizada. Além disso, ela entrou para a calçada da fama do Maracanã, sendo a primeira e, até agora, única mulher a deixar a marca dos pés no local.


Em 27 de setembro de 2007, durante a partida de semifinal na Copa do Mundo de Futebol Feminino, realizada na China, contra os EUA, ela marcou o gol mais bonito da competição e, para alguns, foi considerado o gol mais bonito marcado durante toda a existência desse torneio, e ajudou o Brasil a chegar pela primeira vez na final dessa competição. O Brasil acabou ficando em segundo lugar, e Marta foi escolhida a melhor jogadora da Copa, recebendo o prêmio Bola de Ouro. Ela foi também artilheira da competição com 7 gols.


Demais prêmios conquistados pela jogadora: - Melhor Jogadora do Mundo pela FIFA em 2006, 2007, 2008 e 2009. - Copa do Mundo de Futebol Feminino Sub-20 Bola de Ouro em 2004. - Copa do Mundo de Futebol Feminino Bola de Ouro em 2007. - Copa do Mundo de Futebol Feminino Chuteira de Ouro em 2007.

Além dos prêmios, ainda em 2007, ela foi eleita pela revista Criativa uma das 25 mulheres mais criativas.


Tudo por escrito




Para as mulheres que sempre quiseram participar do meio do futebol, mas não sabiam como, tem para onde correr. Desde o ano passado está à venda o livro "A Linha da Bola - Tudo que as mulheres precisam saber sobre futebol e que os homens nunca souberam explicar", de Clara Albuquerque. A princípio, o livro já chama a ateção pela capa: toda rosa. E, ao abrir, mais ainda. É daqueles que você não consegue parar de ler, de tão divertido.


O principal diferencial da obra está no fato da autora não tratar as mulheres como idiotas por não conhecerem o esporte, nem parte do princípio de que as leitoras já devem saber o básico. Ela explica tudo. Desde a história do esporte até os campeonatos ja vencidos pelas seleções. Além disso, tudo é relacionado com o universo feminino. Cada capítulo é dividido em três níveis: Pretinho Básico, Esporte Fino e Passeio Completo.


Clara explica que escolheu fazer essa divisão por causa da falta e costume das mulheres com o futebol. "Tradicionalmente não somos acostumadas a conviver com o futebol como a maioria dos homens. Acho que isso causa uma espécie de barreira e as mulheres acabam vendo o futebol como um inimigo do cinema do final de semana".


Mas mesmo com todas as dificuldade, Clara é otimista com relação ao entendimento do público feminino sobre o assunto: "a dica é falar dos assuntos normalmente, sem tratar o público feminino como ignorante, mas explicando uma e outra coisa mais complicada. Afinal, para curtir uma partida de futebol não é preciso saber todas as regras detalhadas, nem o nome de todos os jogadores".



É Seleção!

A Seleção Brasileira de Futebol Feminino representa o Brasil nas competições de futebol para mulheres. Atualmente, ela está na segunda colocação do Rankking da FIFA. As meninas brasileiras fazem da seleção uma dominante na América Latina. Além disso, o time verde-amarelo possui a melhor jogadora do mundo: Marta, a nossa camisa 10.

Essas meninas levam o futebol realmente a sério, e fazem da seleção sua vida. As maiores conquistas desse grupo dedicado e talentoso são: Medalhas de ouro conquistadas nos Jogos Pan-Americanos de 2003, realizados em Santo Domingo, e também nos jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Ainda em 2007, as garotas conquistaram o vice-campeonato na Copa do Mundo de Futebol Feminino.

Atualmente, fazem parte do elenco jogadoras como: Cristiane, Daniela Alves, Formiga, Marta, Érika, Pretinha, entre outras. Elas estão diretamente focas no seu próximo torneio, que será o Mundial na Alemanha. Os preparativos estão a mil, e o coração das jogadoras, mais ainda. Enquanto o dia não chega, elas treinam fortemente para o Torneio Internacional Cidade de São Paulo, que servirá como preparação para a competição mais esperada.

Futebol Arte

Piruetas, pedaladas, bicicletas, canetas, lençóis, gols de placa, bolas no ângulo. Enfim, o futebol tem suas maravilhas. Não existe um apaixonado pelo esporte que não fiquei maravilhado em ver um lance desses. É o clímax do futebol. Tão perfeito como levantar uma taça de campeão. Lances como esses são experimentados a todo instante no futebol. O resultado de tanto treinamento e espera, nada mais é do que um misto de sorte aliada a técnica. Isso aconteceu em um jogo da Seleção Brasileira Feminina Sub-20 de Futebol. A jogadora Leah, uma das estrelas do time por seu jeito irreverente, cobrou uma lateral com cabalhota. E logo após, o lance resultou em um gol. Leah já repetiu esse lance por diversas vezes. Mas esse gol ficou marcado. Foi em um jogo contra a Seleção do México.




Elas também brigam

Sabemos que todo jogo de futebol é movido por alguma discussão, entrada forte ou brigas. Mas no que diz respeito ao jogo entre mulheres, fica difícil de se imaginar. Entretanto, isso é mais comum do que se pensa. E se engana quem diz que brigas entre mulheres são só gritos e puxões de cabelo. As agressões vão desde ofensas verbais até tapas e pontapés. Cenas assim invadem os campos profissionais e também os gramados amadores. Foi o que aconteceu no ano de 1983, em um jogo da final da Taça Brasil de Futebol Feminino. O jogo era entre os times Goiás e Radar - RJ, no estádio do Olaria, na zona norte do Rio de Janeiro. Faltando apenas 6 minutos para o final da partida, com um placar de 5x0 pro Radar, as jogadoras do Goiás se alteraram com uma expulsão e partiram para briga. Resultado: ânimos enfurecidos, agressões, e o término da partida.


Amor incondicional

Pai, mãe e filha. Uma família de classe média comum. Os pais trabalham, a moça estuda. Até então, tudo certo. Não fosse um detalhe que separa as paixões dos componentes dessa história: Os pais, colorados. Ela, torcedora do tricolor. Muitos se perguntam, mas como isso foi acontecer? Era o mesmo questionamento que sempre rondou o pensamento do pai. Entretanto, não havia mais saída.






Jordana Weigel, ao contrário de outras milhares de crianças, não seguiu os passos do pai. Quando pequena, foi influenciada pelo tio, torcedor do grêmio. Hoje com 19 anos, a moradora de Santa Cruz do Sul diz que não se arrepende da escolha, e se fosse para voltar atrás, faria tudo novamente, igual. Apesar das brigas em dias de jogos, principalmente em grenais, e das tradicionais flautas, ela conta que o clima em casa é tranquilo: "discutimos um pouco, mas nada que uma meia hora sem conversar não resolva. Apesar da rivalidade, somos uma família".

Alguns diriam que isso tem uma explicação. Na década de 90, quando Jordana era pequena, a fase do tricolor de Porto Alegre era visivelmente superior a do time vermelho e branco. Muitos que nasceram nessa época, acabaram se tornando gremistas, porque obviamente, ninguém queria torcer para um time que não ganhava. Para ela, isso até pode ter ajudado inconscientemente, mas a maior influência foi a do tio. "Graças a ele eu me tornei tricolor".

Dana, como gosta de ser chamada, não é só uma mera torcedora. Acima de tudo, ela entende de futebol. Vai ao estádio, briga, participa de um fórum de discussão no orkut, é sócia do time e ainda arrisca a chutar algumas bolas pro gol nas horas vagas. Com várias camisetas no armário, ela sente orgulho em dizer que é mulher e que acima de tudo, é apaixonada pelo futebol. Seu pai, continua lá, com o inseparável abrigo do internacional, esperando por um milagre que jamais acontecerá. E viva as diferenças!


Elas batem um bolão


Já percebemos que a paixão das mulheres pelo futebol tem aumentado significativamente. E o amor delas pelos campos chega a tal ponto, que algumas gurias são capazes de expressar esse sentimento até mesmo discutindo com jogadores. É o caso de Lunara Backes, 18 anos, moradora de Sinimbu. Segundo ela, o futebol é uma paixão antiga que herdou do pai, já que quando pequena o acompanhava nos torneios e campeonatos do interior. "Já tentei brigar com um jogador depois do jogo, pelo preconceito que ele demonstrou por eu estar torcendo e ser uma mulher", conta.


E as demonstrações de paixão não param por aí. Há quem diga que pelo futebol vale tudo, inclusive fazer apostas e promessas. A colorada de Santa Cruz do Sul Luana Kothe, de 16 anos, diz que não se cansa de fazer apostas com suas amigas, e que até hoje ganhou todas as que foram feitas em Gre-Nais. "Confesso que já andei de joelhos até o altar da Catedral São João Batista duas vezes, uma na Recopa e outra no Gre-Nal. Fazer o que se o time ganha, né?", sorri.



Essas apaixonadas não deixam por menos. Vestem mesmo a camiseta e honram o time que torcem. Muitas vezes, com mais dedicação e entusiasmo do que muito marmanjo por aí. Que nos desculpem os homens, mas mulher entende sim de futebol.